A nova sede do PA de Arroio dos Ratos recebeu doação de lençóis. Mas não foram quaisquer lençóis, não. Eles são resultado de um trabalho intenso de Eloy Lopes Avila, a Loa, uma voluntária engajada e participante.

Nascida e criada no município, ela é daquelas pessoas que nasceram para ajudar os outros. “Cresci em uma casa onde a porta sempre estava aberta para acolher quem precisasse. Me inspirei nos meus pais, e meus filhos em mim”, conta.

A lista de voluntariado de Loa é grande, e antecede a ajuda ao PA. “Há alguns anos, criamos um projeto para montar uma fábrica de sabão dentro da Penitenciária Estadual de Arroio dos Ratos, em continuidade à capacitação dos apenados na produção de sabão. Hoje eles usam o próprio sabão produzido ali, com óleo reciclado”, conta a voluntária, que é presidente do Conselho de Comunidade.

“Também para a mesma penitenciária, conseguimos contribuir na aquisição de máquinas industriais de costura, inclusive levando a minha própria máquina e a da minha irmã, além de capacitar um grupo de detentos na área. Isso auxiliou na viabilização de uma oficina de costura. Os detentos já fizeram mais de 60 mil máscaras”, acrescenta, orgulhosa.

Assim, quando Loa soube que o PA teria uma nova sede, logo se dispôs a colaborar. “O secretário de saúde me procurou, preocupado com a falta de lençóis, já que o antigo PA tinha apenas seis macas e o novo conta com uma estrutura maior”, lembra.

Na mesma hora ela ligou para um atacado de tecidos conhecido e conseguiu a doação de uma quantidade suficiente de tecido para que ela confeccionasse oito conjuntos de lençóis, capas de travesseiros e de colchões, além de aventais para pacientes. “Finalizada a produção, resolvi revestir os travesseiros com plástico, para que ficassem mais higiênicos e agora vou começar a fazer as capas para os cobertores”.

Lençóis novos na sala de observação

O interesse em fazer do PA um local adequado para pacientes e profissionais que ali trabalham não ficou restrito à costura. Loa conta que recebeu de doação uma cadeira, reclinável, mas estava muito mofada. “Levei para a minha casa, lavei com agua sanitária, remendei os locais em que o tecido estava gasto, ficou nova. Colocamos na sala de repouso dos médicos, para que possam descansar confortavelmente nos intervalos. Ficou ótima”, conclui Loa.

Agradecimentos:
– Banco Textil Sarandi, Porto Alegre
– Sr. Marcos Kruger
– Sra. Ema Medeiros

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