O coronavírus tem atingido a população em grandes proporções, trazendo diversas dificuldades e preocupações que perduram mesmo após o combate à doença. O vírus compromete o organismo de forma generalizada e suas sequelas demandam uma continuidade nos cuidados com a saúde.

Os pacientes mais graves, que passaram por internação, podem sofrer de uma perda considerável de massa muscular, além de queda importante no condicionamento físico. O que torna necessária a realização da reabilitação cardiopulmonar assim que ele for liberado pelo seu médico para dar início a este tratamento.

A reabilitação cardiopulmonar  tem como principal objetivo fortalecer novamente tanto a parte respiratória, que fica muito debilitada, quanto outras estruturas igualmente importantes, como o coração, partes do sistema neurológico e a musculatura periférica. Outro ponto é justamente reverter a sarcopenia, ou seja, a perda acentuada da massa e funções musculares. Além disso, os sintomas podem ultrapassar a esfera física, chegando à psíquica, onde o paciente desenvolve depressão, ansiedade e perda de memória.

Então, pode-se dizer que este tratamento é um compilado de intervenções físicas, sociais e psicológicas coordenadas, e que tem o objetivo de controlar fatores de risco, sintomas e evolução de doenças, além de melhorar a qualidade de vida e a capacidade funcional do paciente que passou por complicações no sistema cardiopulmonar.

Para isso, o paciente é acompanhado por uma equipe multidisciplinar, que além de cardiologista, pode incluir fisioterapeuta, psicólogo e professor de educação física. Todos são responsáveis por identificar as áreas mais prejudicadas do organismo e, assim, organizar de forma personalizada e individual, um conjunto de exercícios que contribuem diretamente na melhora dos pontos mais afetados na saúde.

Principais benefícios da reabilitação cardiopulmonar:

  • Aumento da massa muscular;
  • Melhor capacidade respiratória e condicionamento físico;
  • Força, desempenho físico e equilíbrio;
  • Restabelecimento do sistema nervoso autônomo;​
  • Saúde mental.

O programa de reabilitação cardiopulmonar é composto por tratamentos que ajudam o paciente a retomar sua rotina com o máximo de independência possível, além de reduzir os níveis de ansiedade causados por determinadas doenças. A rotina das sessões conta com atividades prescritas de acordo com a condição individual de cada caso, levando em conta o histórico clínico e resultados de testes funcionais. Assim, conforme seu desempenho for melhorando, o médico irá avaliar a duração do tratamento.

Pessoas que tiveram COVID-19 e que gostariam de retomar a prática de atividades físicas também devem acompanhar de perto a saúde do coração, já que ela tem sido associada a um número significativo de complicações cardiovasculares. Mesmo que os resultados não apontem nenhuma alteração, é indicado que os exercícios sejam leves no início e progridam em intensidade ao longo do tempo.

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