Existem diversos tipos de testes para o diagnóstico da Covid-19. Mas quantidade não é sinônimo de qualidade, e as dúvidas em relações às testagens da Covid-19 são muitas. Entenda como é realizado cada um dos testes, qual técnica apresenta maior precisão e muitos outros pontos essenciais.
RT-PCR
Como é feito: o PCR é uma técnica de biologia molecular que identifica o material genético do vírus. A técnica indica se há presença do DNA do vírus investigado (neste caso, o Sars-CoV-2). Assim, quando o resultado é positivo, a suspeita de coronavírus é confirmada. Para a testagem, é retirada, com um cotonete, uma amostra de secreção nasal, de orofaringe (garganta) ou escarro. Geralmente, o resultado é liberado entre 24h e uma semana depois, dependendo do laboratório.
Quando fazer: o teste PCR identifica o vírus enquanto ele está ativo no organismo, portanto, recomenda-se realizá-lo a partir do terceiro dia do início dos sintomas até o décimo.
Sorológico (anticorpos presentes no sangue)
Como é feito: realizado a partir de uma amostra de sangue do paciente, este teste dosa a presença de anticorpos, aquelas substâncias produzidas por nosso sistema imunitário para neutralizar o vírus. No caso da COVID-19, os anticorpos aparecem por volta de sete dias após início dos sintomas. Os exames sorológicos mais comuns são denominados IgG (imunoglobulina G) e IgM (imunoglobulina M). O resultado IgM positivo significa que a pessoa possui anticorpos do tipo imunoglobulina M, e daí se deduz que ela já foi exposta e está na fase ativa da COVID-19, havendo a possibilidade de o microrganismo estar circulando no paciente naquele momento. Já o resultado positivo para IgG pode indicar que a pessoa está na fase crônica e/ou convalescente ou já teve contato com a Covid-19 em algum momento da vida.
Quando fazer: para que o teste tenha maior sensibilidade, é recomendado que seja realizado, pelo menos, dez dias após o início dos sintomas. Isso porque a produção de anticorpos no organismo só ocorre depois de um tempo mínimo após a exposição ao vírus. Se o teste for realizado fora do período indicado pode haver um resultado falso negativo. É importante ressaltar, no entanto, que esse teste isolado não serve para diagnosticar (confirmar ou descartar) infecção por Covid-19. O diagnóstico da infecção pelo novo coronavírus deve ser feito por testes de RT-PCR.
Teste rápido
Como é feito: uma amostra de sangue da pessoa a ser testada é retirada com uma picada no dedo e colocada em uma máquina que vai indicar se há anticorpos para o vírus. Como os anticorpos são produzidos pelo próprio corpo para se defender da doença, a confirmação significa que a pessoa já foi infectada. Esses testes levam cerca de 10 a 30 minutos para detectar a presença de anticorpos contra o vírus a covid-19 e não precisam de estrutura de laboratório para a análise, por isso podem ser encontrados em farmácias.
Quando fazer: a vantagem desses testes é a obtenção de resultados rápidos para a decisão da conduta. Por outro lado, o Ministério da Saúde aponta que eles apresentam uma taxa de erro de 75% para resultados negativos, o que pode gerar insegurança e incerteza. Como o teste rápido não possui a mesma sensibilidade que os demais métodos, é importante ter a orientação e o acompanhamento de um médico.
Vale lembrar
+ Na rede pública (SUS), os testes são feitos só em pacientes internados (casos graves). A equipe de saúde no hospital coleta a amostra e a envia para um laboratório, que faz a análise e dá o resultado.
+ Mesmo quando testados positivos para Covid-19, os pacientes não devem procurar hospitais ou ambulatórios, devendo permanecer em suas casas em quarentena por 14 dias (isolamento) até a remissão da infecção, exceto se estiverem com sintomas graves, tal como dificuldade de respirar.
Fontes consultadas