Você sabia que existem diversos tipos de coronavírus, mas a maioria infecta apenas animais? Somente sete deles são causadores de doenças nos seres humanos, entre eles o novo coronavírus. Eles fazem parte de um grupo de vírus que afeta o trato respiratório, causando infecções respiratórias virais com vários graus de gravidade, de resfriados leves à covid-19. Conheça as principais doenças causadas por vírus respiratórios como o coronavírus e saiba diferenciá-las.
Resfriado
Vírus causador: são diversos tipos, mas o mais comum é o rinovírus
Sua manifestação clínica é menos intensa do que na gripe, e a recuperação tende a ser mais rápida.
Principais sintomas:
- Coriza
- Febre baixa
- Tosses
- Espirros
Transmissão: Acontece quando gotículas de saliva do indivíduo infectado entram em contato com as vias aéreas de outra pessoa, seja através de espirro, beijo ou tosse. Objetos contaminados com essas gotículas também espalham a enfermidade. Por isso é preciso cuidado com os ambientes fechados como escolas, transporte coletivo e ambientes de trabalho. Aqui, vale o cuidado de sempre: lavar muito bem as mãos.
Tratamento:
Com o tempo, o próprio organismo produz anticorpos que eliminam os inimigos causadores do resfriado. Para ajudá-lo neste combate, o ideal é fazer repouso, ingerir bastante líquido. Para aliviar os sintomas, pode-se recomendar medicamentos analgésicos e antitérmicos, por exemplo.
Gripe
Vírus causador: Influenza
Trata-se de uma infecção aguda do sistema respiratório provocada pelo vírus Influenza, que pode ser do tipo A ou B, e tem grande potencial de transmissão. Ela afeta os pulmões e as vias respiratórias e apresenta sintomas semelhantes aos do resfriado comum, porém mais graves.
Principais sintomas:
- Febre alta
- Fraqueza e cansaço
- Dores musculares
- Dor de cabeça intensa
- Coriza
- Dor de garganta
- Tosse
Crianças, gestantes, idosos e pessoas com outras doenças, como diabetes, problemas cardíacos e pulmonares, ou que tenham o sistema imunológico debilitado podem manifestar sintomas mais graves.
Transmissão: o vírus pode ser transmitido pelo ar, em gotículas que uma pessoa infectada dissemina ao tossir ou espirrar, ou ao tocar em objetos nos quais uma pessoa tocou depois de limpar ou assoar o nariz.
Tratamento: vacina e medicamentos que ajudam a aliviar os sintomas.
Síndrome respiratória aguda grave (SARS)
Vírus causador: Sars-CoV (da família dos coronavírus)
A síndrome respiratória aguda grave (SARS) é causada pelo vírus Sars-CoV e foi detectada pela primeira vez na China no fim de 2002. Houve um surto mundial que resultou em mais de oito mil casos no mundo todo, inclusive Canadá e Estados Unidos, e mais de oitocentas mortes em meados de 2003. Mas desde 2004 não há relatos de novos casos, e considera-se que a SARS (a doença, não o vírus) foi erradicada.
Principais sintomas: lembram os de outras infecções virais respiratórias comuns, porém são mais graves. Eles incluem febre, dor de cabeça, calafrios e dores musculares, seguidos de tosse seca e, às vezes, dificuldade para respirar.
Transmissão: ocorre por meio do contato com uma pessoa infectada ou através de gotículas suspensas no ar que foram expelidas pela tosse ou espirros de uma pessoa infectada.
Tratamento: pessoas com sintomas leves não precisam de tratamento específico. Já aquelas com dificuldade respiratória moderada podem precisar receber oxigênio. Algumas pessoas com dificuldade respiratória grave podem precisar de ventilação mecânica para poderem respirar. No início do surto de SARS, dezenas de cientistas, na Ásia, Estados Unidos e Europa, trabalharam para criar a vacina que combatesse o Sars-CoV. Porém, como a epidemia foi controlada, esses estudos foram abandonados.
Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS)
Vírus causador: Mers-coV (da família dos coronavírus)
O vírus Mers-coV foi identificado em 2012 na Jordânia e na Arábia Saudita e, até o início de 2018, haviam sido contabilizados mais de 2 mil casos e 790 mortes decorrentes da doença. A MERS é mais comum entre homens e é mais grave em idosos e em pessoas com um distúrbio crônico subjacente, como diabetes, doença cardíaca ou renal.
Principais sintomas: os sinais mais recorrentes são febre, calafrios, dores musculares e tosse. Algumas pessoas apresentam ainda diarreia, dor abdominal e vômito.
Transmissão: o Mers-coV é transmitido através do contato próximo com quem está infectado ou através de gotículas transportadas pelo ar que foram expelidas pela tosse ou pelos espirros de uma pessoa infectada.
Tratamento: Ainda não existe uma vacina capaz de prevenir a infecção pelo vírus da síndrome respiratória do Oriente Médio, nem tratamento específico para tratá-la. Há apenas medicamentos que ajudam a aliviar os sintomas e a controlar possíveis complicações. E, nos quadros mais graves da doença, o paciente poderá ser encaminhado para internação hospitalar.
Covid-19
Vírus causador: Sars-CoV-2 (da família dos coronavírus)
O primeiro caso de Covid-19 foi diagnosticado na China no final de 2019 e logo se espalhou pelo mundo. O vírus Sars-CoV-2 já infectou milhões de pessoas e causou centenas de milhares de mortes por coronavírus.
Principais sintomas:
- Febre alta
- Tosse seca
- Perda de paladar ou olfato
- Dificuldade de respirar
As pessoas idosas e as que têm outras condições de saúde como pressão alta, problemas cardíacos e pulmonares, diabetes ou câncer, têm maior risco de agravamento do quadro. É importante lembrar, no entanto, que qualquer pessoa, e em qualquer idade, pode pegar a Covid-19 e ficar gravemente doente. Por isso, a orientação é procurar atendimento médico imediato se tiver dificuldade de respirar ou dor/pressão no peito. Se você tiver sintomas menores, como tosse leve ou febre leve, geralmente não há necessidade de procurar atendimento médico. É essencial ficar em casa, fazer autoisolamento e monitorar a evolução dos sintomas.
Transmissão: o novo coronavírus é transmitido principalmente de pessoa para pessoa através de gotículas transportadas pelo ar, que são provenientes da tosse ou dos espirros de uma pessoa infectada. É possível contrair uma infecção, ainda, ao encostar em uma superfície contaminada com o vírus e depois tocar sua própria boca, nariz ou olhos.
Tratamento: a ciência ainda não se descobriu uma forma comprovadamente eficaz para prevenir ou tratar a doença, seja por meio de vacina ou através de um medicamento antiviral específico. Por enquanto, as pessoas infectadas devem receber cuidados de saúde para aliviar os sintomas e, nos casos mais graves, devem ser hospitalizadas. A maioria dos pacientes se recupera graças aos cuidados de suporte. As maneiras mais eficazes de proteger a si e aos outros contra a COVID-19 são limpar frequentemente as mãos, cobrir a tosse com a parte interior do cotovelo ou lenço e manter uma distância de pelo menos 1 metro das pessoas que estão tossindo ou espirrando.
Fontes consultadas